Recuperar e restaurar os serviços ecossistêmicos da região mais densamente ocupada no Brasil, a Megalópole que une a Grande São Paulo à Grande Rio de Janeiro, o Vale do Paraíba. Este é o ambicioso objetivo do projeto “Recuperação e proteção dos serviços de clima e biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica”. Para isso, foi construída a parceria entre Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) e as secretarias estaduais de meio ambiente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O financiamento é feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do GEF (Global Environment Facility). O investimento é de US$ 207 milhões.
O projeto tem como meta a conservação e restauração de 15.500 ha, além de converter de 1.300 ha de pastagem degradada para sistema silvipastoril. Prevê também o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis em 18.000 ha em Zonas de Amortecimento de Unidades de Conservação e em Áreas de Proteção Ambiental, visando beneficiar 3.400 produtores rurais da região por meio de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA). Está prevista também a melhoria da gestão de três Unidades de Conservação localizadas ao longo dos trechos setentrionais do Corredor da Serra do Mar (Área de Proteção Ambiental São Francisco Xavier, Estação Ecológica de Bananal e Parque Estadual da Serra do Mar – núcleos Santa Virgínia e Itariru).
Especificamente para as primeiras ações no trecho paulista do Vale do Paraíba, o projeto é articulado pela Rede para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Paraíba – Rede SUAPA, que se reúne periodicamente em São Luiz do Paraitinga desde 2012 para fortalecer parcerias e discutir ações visando o planejamento integrado do território na região. Atualmente, os esforços dessa rede estão concentrados no projeto financiado pelo GEF, buscando avançar com o planejamento e estruturação das ações para implantação do PSA, bem como envolver outras organizações interessadas.
Na última reunião da Rede SUAPA, em 29/08, estiveram presentes CBRN/SMA, IF, FF, ONGs locais (Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba e Akarui), CCST/INPE, Prefeitura Municipal de São Luiz do Paraitinga e técnicos contratados pelo projeto GEF.
A BPBES está representada nesta importante iniciativa pela participação de Juliana Farinaci, pesquisadora de pós-doutorado do CCST/INPE.