Os cenários de futuro são ferramentas poderosas de planejamento. São rascunhos de quadros de potenciais futuros delineados perante nossas escolhas no presente. No campo das avaliações globais de meio ambiente, a maioria dos cenários desenvolvidos considera os impactos da sociedade na natureza, como por exemplo, a perda da biodiversidade. A perda da biodiversidade, neste caso, é tratada como elemento interdependente do desenvolvimento humano. Perspectivas mais recente têm buscado incluir a natureza como um recurso do inato do desenvolvimento socioeconômico, portanto incoerente trata-los como elementos à parte. Desta forma, a conotação de “perdas” são resignificadas considerando as retroalimentações da natureza e o bem-estar humano.
Foi buscando avançar com esta nova geração de cenários globais para o meio ambiente que um grupo de especialistas do IPBES se reuniu no workshop “New visions for nature and nature’s contributions to people for the 21st century”, que aconteceu em Auckland, Nova Zelândia, entre os dias 4 e 8 de setembro de 2017.
Primeiramente o objetivo do grupo foi entender quais são as múltiplas visões da relação entre natureza (biodiversidade) e contribuições para as pessoas (serviços ecossistêmicos). E, baseados nessas visões de mundo, como se poderia construir cenários de futuros positivos. Por fim, definir o que seria necessário informar aos tomadores de decisões de modo que se possa transformar as relações entre biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
O evento contou com os registros de um ilustrador que registrou os resultados de forma criativa. Veja as imagens a seguir.